É contrastante com o método da liderança conselheira bíblica, pelo que é necessária uma análise a luz das Sagradas Escrituras.
Psicologia profunda.
Criado por Sigmund Freud (1963) defende que o homem é um animal que age instintivamente, o homem é dividido em id, ego e superego. Como animal o homem não tem nenhuma responsabilidade sobre suas ações e o sentimento de culpa é apenas fruto de padrões impostos pelos outros homens.
Freud defendia que a solução para o problema do homem era tornar todo o seu potencial real, fortalecendo o seu ego.
Observe que esta posição tem uma perspectiva errada acerca do homem, não o retrata como totalmente depravado, exalta o homem em si mesmo como alguém bom que só precisa de uma pequena reformulação de conceitos.
Neo Adlerianos.
Criado por Alfred Adler desenvolveu a psicologia individual, segundo ele o homem é um animal socialmente governado e seu problema é o complexo de inferioridade só que a responsabilidade deste problema não é individual, mas da sociedade.
São erros nos pensamentos e valores da sociedade, falta de confiança em si mesmo que fazem o homem se sentir culpado, então o homem precisa buscar a superioridade e controlar o seu próprio destino, para isso ele tem que mudar a maneira de pensar para sentir-se e comportar-se melhor.
Esta posição está totalmente baseada em princípios anti-bíblicos que a liderança deve saber detectar através do aprofundamento dos estúdios bíblicos, tais como o orgulho e a ideia de que o homem é uma vítima, quando a Bíblia afirma claramente que o homem não tem nada em que se gloriar, ele é um pecador desesperado e só pode ser transformado por Jesus Cristo.
Tem ainda uma visão errada da condição do homem achando que ele pode se curar apenas mudando seus pensamentos, quando o que ele precisa é de uma verdadeira regeneração e só a liderança com o poder de Deus pode orientar o caminho.
Comportamental.
Desenvolvida por Burrhus Frederic Skinner (1885) vê o homem como um animal que pode ser condicionado para fazer tanto o bem como o mal; defende a ideia de "tabula rasa", o grande problema do homem é a falha ambiental e, portanto ele não deve ser responsabilizado; na verdade Skinner vê o homem como um ser amoral.
O tratamento indicado para Skinner é que o meio ambiente do homem seja mudado, uma vez que é ele que condiciona o homem. A culpa para Skinner não é real, uma vez que o homem é amoral e que não há mal absoluto então a solução para o problema da culpa é modificar o padrão do homem de acordo com suas necessidades.
Observe-se o contraste com o padrão bíblico, ignora o homem como um ser espiritual e tira dele todo o senso de liberdade e responsabilidade que Deus atribuiu a ele.
Cria uma mentalidade homem vítima já que é o meio ambiente o responsável, isto também contraria o ensino bíblico. E ainda defende uma teoria acerca do homem que o transforma em mero produto do meio ambiente, quando o que nós contemplamos na Bíblia é que é o homem que levou o meio ambiente para o mal quando caiu (Gn 3:17).
Teoria Racional-Emotiva.
Criada por Albert Ellis, onde consiste em vê o homem como basicamente bom e com muito potencial interno.
O problema do homem é que ele é vítima de crenças falhas e irracionais acerca de si mesmo implantadas nele desde sua infância, então a culpa não é do homem, mas do sistema de crenças deste, que é quem cria no homem um pensamento errôneo de que é culpado.
Este pensamento resulta em comportamento neurótico que prejudicam, o homem deve eliminar esta visão errônea e adquirir uma visão real, de acordo com a sua razão de vida, ele tem que mudar ativamente o seu conceito de vida para poder desfrutar todo o seu potencial interno.
Esta cosmovisão é totalmente anti-bíblica e humanística, que engana o homem dando a ele a esperança de encontrar mudanças em conceitos dentro de si mesmo quando o único lugar que existe solução real é junto a Jesus Cristo.
Contradiz a declaração bíblica de que o homem está totalmente corrompido pelo pecado e não pode fazer nada, para mudar este quadro, mudança que é muito mais radical do que a troca de conceitos pode ser efetuada por Deus e donde se requer de uma liderança forte nas convicções e responsabilidades.
Terceira força.
Desenvolvida por Carl Ransom, influenciada pela cosmovisão otimista de sua época, acreditava que o homem poderia transformar toda a sociedade em redor, o via como bom, com muito potencial interior e em estado de maturidade, pronto para dar novos frutos.
O problema que o homem vivia em um meio ambiente que atrapalhava seu desenvolvimento.
A responsabilidade pelos problemas da sociedade não é do homem, ele é apenas uma vítima, pela que a visão da culpa humana não era importante.
O tratamento para o problema do homem era buscar uma solução interna ajudando-o a transformar todo o seu potencial em realidade, não deveria sentir culpa já que tudo o que ele fizesse para estar confortável consigo mesmo era certo e até mesmo necessário.
Contradiz o padrão bíblico respeito à fonte da cura, somos a fonte dos nossos problemas, nossa cura não é externa, mas vem do Senhor Jesus Cristo, ainda não podemos fazer tudo o que quisermos para o nosso bem-estar, pois nosso propósito aqui buscar a glória de Deus.
Sistemas de famílias.
Ackerman é seu principal expoente, sua visão do homem é que ele é o produto de relacionamentos defeituosos e falhos, não só os relacionamentos do homem são falhos, mas porque todo o sistema é falho e o homem esta apenas, casualmente, seguindo o círculo, cumprindo sua função dentro do sistema, logo, a culpa não é do homem, pois ele é apenas um peão do universo.
O tratamento a ser seguido é descrito como alterar a maneira como os diversos relacionamentos são desenvolvidos.
Cosmo visão contraria aos dados bíblicos porque, mais uma vez, ela troca os efeitos pela causa, os relacionamentos defeituosos são os efeitos do mal que existe no homem e não a causa deste, e a cura para estes relacionamentos defeituosos não se encontram no homem natural, mas só podem começar a ser experimentados por aqueles que forma regenerada.
Bíblico.
O modelo bíblico foi desenvolvido pela maior autoridade antropológica existente, o criador do próprio homem, e que por isso conhece o homem como mais ninguém.
Neste modelo o homem é tido como um ser criado para glorificar a Deus e seu problema consiste em que ele, o homem, se desviou de seu propósito original e agora é pecador por escolha própria e encontra-se em rebelião total.
Como o homem se desviou por escolha própria, ele é responsável por seus atos e a visão da culpa que tem é real e resulta de seus pecados.
O tratamento oferecido não é encontrado no próprio homem, mas é uma justificação baseada na fé em Deus, seguida por uma santificação progressiva que irá gradativamente restaurando o homem a sua condição original.
Para resolver o seu problema o homem tem que admitir a sua culpa e buscar a resposta em Deus.
CONCLUSÃO
Podemos notar claramente que é tolice tentar unir estas correntes com a liderança cristã porque suas diferenças não são apenas interpretações de fatos que não concordam, mas são pressuposições que são totalmente divergentes, logo, é impossível haver união entre elas.
Os psicólogos, ainda que tenham muitos cristãos, em geral, pressupõe que Deus não existe, que o homem deve se preocupar apenas com as causas naturais, defendem o reducionismo e o individualismo, são relativistas pragmáticos e buscam apenas os prazeres desta vida, se consideram vítimas da situação e tem tendências gnósticas.
Pressuposições que não podem ser aceitas por cristãos que buscam glorificar a Deus acima de tudo, pois elas tiram o homem de seu lugar apropriado, o inocenta de suas culpas e responsabilidades, despreza Deus a algo incerto e buscam encontrar realização apenas nesta vida sem se importarem com a vida por vir.
Outra área contrastante entre o desempenho da liderança através do modelo de aconselhamento bíblico e os outros modelos são as teorias de motivação que eles usam com seus aconselhados. Os outros modelos de aconselhamento usam motivações puramente humanísticas para despertar os seus aconselhados a realizarem-se plenamente.
Entre estas motivações podemos notar que a vida do corpo é algo muito valorizado por eles enquanto que o padrão bíblico indica que devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus e ele cuidará de tudo o que necessitamos (Mt 6:33).
Outra fonte de motivação muito usada é o sexo, mas o padrão bíblico é que devemos possuir nosso corpo em santificação, pois ele é santuário do Espírito Santo.
Há ainda um apelo as posses materiais quando Deus ordena que nós devamos ser ricos para com Deus (Lc 12:20).
Definindo as fontes de motivação tanto para liderança como liderados, são as causas sociais e mais uma vez a Bíblia nos ensina que nós devemos nos preocupar mais com a glória de Deus do que com a dos homens (Jo 12:43).
O poder para realizar as transformações no coração dos homens, a Bíblia nos ensina que o maior no reino dos céus é o servo (Lc 22:26).
A autoestima também é uma grande fonte de motivação, mas novamente podemos ver que a Bíblia diz que devemos nos colocar aos pés de Jesus para segui-lo (Lc 9:23).
Também é utilizada a sede do homem de buscar significado para a vida e a Bíblia nos ensina que o significado da vida está em temer a Deus (Ec 12:13).
O homem também busca, a todo custo, evitar a dor e conseguir prazer, mas o ensino bíblico é que passaremos por problemas enquanto estivermos aqui na terra, mas temos a certeza de que um dia não mais veremos a dor e o sofrimento (Ap 22:1-5).
Torna-se evidente que a motivação humana, por mais atraente que possa aparecer aos nossos olhos, não é eficaz e nem pode ser alcançada enquanto nós vivermos aqui nesta terra, cabe, portanto, ao líder bíblico desviar a visão do aconselhado dos supostos benefícios que ele pode conseguir enquanto estiver aqui na terra para levá-lo a contemplar as recompensas dadas por Deus.
Partes de um Artigo redigido por: Yonys Rolando Quijada
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