terça-feira, 27 de novembro de 2012

COMO ÁGUA

Vem de longe como água no ribeiro;
Abrindo passagem por onde deseja passar;
Quem será capaz de impedir?
Sua jornada completar.

Quase sedento me encontro;
Corro para minha sede matar;
Lá nas fontes da vida;
Que a água há de acalmar.

Onde a vejo meu ser se refresca;
Onde a encontro meu corpo se esfria;
Fico até sem a fala;
Porque de você tomo goladas.

Seus reflexos no sol são estupendos;
Suas ondas com o vento se formam;
Seus viventes em você se habitam;
Pois és cheia, és formosa, és vida.

Lá pelas tantas não pára;
Vai quebrando, entrando e morando;
Seu caminho traz a vida;
Para um homem sedento e perdido.

Vêm, vêm pra cá;
Traz o fôlego, traz comida;
Traz pra mim a esperança;
Perdida no deserto da vida.