quarta-feira, 21 de setembro de 2011

É chuva.

Você já viu ela pedir licença?Ela simplesmente chega tomando conta de todas as áreas.                                                              Vai invadindo lugares secretos, tornando calmaria o olhar de quem a contempla.

Ela não escolhe hora, não escolhe dia, muitos nem a percebem chegar.
Sua constância é surpreendente, como sua perfeição.Aos poucos esfria o calor, da vida ao que queria morrer.
Seu som é doce que varia por onde toca.
São pingos suaves que tocam meu rosto.
Se me envolvo, refresco-me, me acalmo.
É a chuva, que mais uma vez chegou, mais uma vez me paralisou.
Seu som, sua textura, sua uniformidade.
No meu coração esquenta a saudade, esquenta a lembrança;
Lembrança de momentos que ficaram eternos;
De momentos que me apaixonei e que amei.
Chuva não me deixa, não termina, não vai.
Fica, pois trouxe de volta o amor, o sabor, o som.
Já se foi, deixou apenas marcas por onde passou.
A nuvem ainda escura esconde o sol;
O sol que deseja secar as marcas que a chuva deixou.
E preparar, quem sabe, o local para mais uma chuva que, eventualmente, possa chegar.